sábado, 16 de dezembro de 2023

SMARTPHONES RUMO AO FIM

 

É uma questão de tempo. 

Para muita gente envolvida com projetos promissores na tecnologia, como o pessoal da Apple, nos EUA, o próximo ciclo de troca de mídias, de uso preponderante pela humanidade, já está próximo de acontecer. Nesse caso, o smartphone. O nosso popular celular já está com os dias contados.

Evoluções são mudanças naturais, e por mais estranho que pareça a humanidade começar a abandonar os smartphones, isso deve ocorrer de forma gradual, e com o aumento cada vez maior de um hábito substitutivo. A música foi mudando de invólucro, dos antigos discos de vinil passou para o CD, que então passou para o MP3, e que agora já se tornou streaming. A máquina de escrever deixou de existir com o advento dos processadores de texto e computadores. A antiga televisão de tubo catódico acabou cedendo lugar às telas planas de LCD, e depois LED, e agora smart TV (e até mesmo os próprios smartphones). E por aí vai.

Antigamente era assim


Atualmente é assim

Era 2021 ainda quando, durante uma palestra na Futurecom Digital Week de São Paulo, a CEO do Future Today Institute e professora da Escola de Negócios Stern, da Universidade de New York, Amy Webb, cravou o fim da era dos smartphones.

Amy Webb

"Os smartphones são, na verdade, uma tecnologia em extinção. Acho que eles desaparecerão nos próximos dez anos. Amanhã não. Não daqui a três anos, mas no futuro. Hoje, você pode fazer todas as funcionalidades com mais computação em apenas um dispositivo, mas isso está começando a mudar novamente."

Em sua fala, Amy discorre sobre o conceito de "Você das Coisas" (You of Things), que é a mais recente tendência pela qual os rumos da tecnologia deverão seguir.

Ou seja, ao invés de um dispositivo só concentrar uma série de itens e serviços da nuvem (comunicação, jogos, música, filmes, trabalho, estudos etc.), o que teremos serão todas essas experiências espalhadas em objetos comuns, que usamos no dia a dia, e que nos trarão tudo isso de uma forma ainda mais eficiente e integrada.

Já está prestes a acontecer.

Para os próximos três anos, estão programados os lançamentos de gadgets tais como: pulseiras e anéis que detectarão níveis de estresse, temperatura corporal e oxigênio no sangue; fones de ouvido inteligentes, que buscarão streaming de áudio e podcasts, de acordo com o gosto do ouvinte; e até mesmo colchões robóticos, que detectarão melhor temperatura e condições de posicionamento do corpo, para oferecer melhores condições de sono.

Mas talvez o que esteja mais na vanguarda para causar o declínio dos smartphones sejam os dispositivos que oferecerão realidade aumentada: os óculos XR e 3D, que possibilitarão uma série de integrações com aplicativos a que estamos acostumados, hoje, no celular. Imagine controlar, com um simples olhar ou comando de voz, a exibição de um filme da Netflix. Ou fazer aquela videochamada, com uma resolução de som e imagem tão perfeitas, que é como se você estivesse presencialmente ali, junto com aquelas pessoas? A experiência imersiva dos dispositivos é relatada como sendo uma coisa fantástica - de repente, você é transposto para uma realidade totalmente diferente, em um mundo virtual vivo, pulsante e cheio de opções, apenas usando esses óculos.

Apple Vision Pro

Absurdo? Não. Está mais perto de acontecer do que você pensa.

Impossível, porque tudo isso sairá muito caro? Bem, no início é bastante caro. Mas depois que a tecnologia se instaura e se banaliza no mercado... Muita gente aqui ainda deve se lembrar dos preços daqueles "tijolões" com antena da Motorola, no começo da era dos celulares, né?

O Apple Vision Pro é um projeto de óculos inteligentes, pioneiro da indústria da maçã, e caso eles consigam em breve resolver problemas de funcionamento do mesmo, atrelados a como dar a sua 'recarga' na bateria, poderemos ver a própria empresa que iniciou uma nova era digital, com a revolução de Steve Jobs e os iPhones, simplesmente desbancando essa tecnologia, para o advento de outra.

Modelo de satélite CubeSat

Alguém pode também perguntar: ok, mas tudo isso vai precisar da nuvem, como teremos sinal de internet suficiente para tanta coisa? A resposta já começou a ser dada pelo cara dos 'X': Elon Musk e o seu pioneiro projeto de lançamento de satélites para prover o sinal da web, ao longo de todos os territórios do globo terrestre, apontam a direção para uma quebra do paradigma das atuais redes de distribuição das operadoras, que tem tudo para se tornarem arcaicas num futuro próximo. Eis a "internet do espaço", que em breve, com o uso de minúsculos satélites modelo CubeSat, e interconexão através de extensas redes mesh, conseguirão expandir a conectividade de forma praticamente ilimitada no mundo todo, como jamais visto anteriormente.

É o futuro. E está aí, já na nossa cara (de óculos, literalmente). Acontecendo.


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