É uma questão de tempo.
Para muita gente envolvida com projetos promissores na tecnologia, como o pessoal da Apple, nos EUA, o próximo ciclo de troca de mídias, de uso preponderante pela humanidade, já está próximo de acontecer. Nesse caso, o smartphone. O nosso popular celular já está com os dias contados.
Evoluções são mudanças naturais, e por mais estranho que pareça a humanidade começar a abandonar os smartphones, isso deve ocorrer de forma gradual, e com o aumento cada vez maior de um hábito substitutivo. A música foi mudando de invólucro, dos antigos discos de vinil passou para o CD, que então passou para o MP3, e que agora já se tornou streaming. A máquina de escrever deixou de existir com o advento dos processadores de texto e computadores. A antiga televisão de tubo catódico acabou cedendo lugar às telas planas de LCD, e depois LED, e agora smart TV (e até mesmo os próprios smartphones). E por aí vai.
Era 2021 ainda quando, durante uma palestra na Futurecom Digital Week de São Paulo, a CEO do Future Today Institute e professora da Escola de Negócios Stern, da Universidade de New York, Amy Webb, cravou o fim da era dos smartphones.
"Os smartphones são, na verdade, uma tecnologia em extinção. Acho que eles desaparecerão nos próximos dez anos. Amanhã não. Não daqui a três anos, mas no futuro. Hoje, você pode fazer todas as funcionalidades com mais computação em apenas um dispositivo, mas isso está começando a mudar novamente."
Em sua fala, Amy discorre sobre o conceito de "Você das Coisas" (You of Things), que é a mais recente tendência pela qual os rumos da tecnologia deverão seguir.
Ou seja, ao invés de um dispositivo só concentrar uma série de itens e serviços da nuvem (comunicação, jogos, música, filmes, trabalho, estudos etc.), o que teremos serão todas essas experiências espalhadas em objetos comuns, que usamos no dia a dia, e que nos trarão tudo isso de uma forma ainda mais eficiente e integrada.
Já está prestes a acontecer.
Para os próximos três anos, estão programados os lançamentos de gadgets tais como: pulseiras e anéis que detectarão níveis de estresse, temperatura corporal e oxigênio no sangue; fones de ouvido inteligentes, que buscarão streaming de áudio e podcasts, de acordo com o gosto do ouvinte; e até mesmo colchões robóticos, que detectarão melhor temperatura e condições de posicionamento do corpo, para oferecer melhores condições de sono.
Mas talvez o que esteja mais na vanguarda para causar o declínio dos smartphones sejam os dispositivos que oferecerão realidade aumentada: os óculos XR e 3D, que possibilitarão uma série de integrações com aplicativos a que estamos acostumados, hoje, no celular. Imagine controlar, com um simples olhar ou comando de voz, a exibição de um filme da Netflix. Ou fazer aquela videochamada, com uma resolução de som e imagem tão perfeitas, que é como se você estivesse presencialmente ali, junto com aquelas pessoas? A experiência imersiva dos dispositivos é relatada como sendo uma coisa fantástica - de repente, você é transposto para uma realidade totalmente diferente, em um mundo virtual vivo, pulsante e cheio de opções, apenas usando esses óculos.
Absurdo? Não. Está mais perto de acontecer do que você pensa.
Impossível, porque tudo isso sairá muito caro? Bem, no início é bastante caro. Mas depois que a tecnologia se instaura e se banaliza no mercado... Muita gente aqui ainda deve se lembrar dos preços daqueles "tijolões" com antena da Motorola, no começo da era dos celulares, né?
O Apple Vision Pro é um projeto de óculos inteligentes, pioneiro da indústria da maçã, e caso eles consigam em breve resolver problemas de funcionamento do mesmo, atrelados a como dar a sua 'recarga' na bateria, poderemos ver a própria empresa que iniciou uma nova era digital, com a revolução de Steve Jobs e os iPhones, simplesmente desbancando essa tecnologia, para o advento de outra.
Alguém pode também perguntar: ok, mas tudo isso vai precisar da nuvem, como teremos sinal de internet suficiente para tanta coisa? A resposta já começou a ser dada pelo cara dos 'X': Elon Musk e o seu pioneiro projeto de lançamento de satélites para prover o sinal da web, ao longo de todos os territórios do globo terrestre, apontam a direção para uma quebra do paradigma das atuais redes de distribuição das operadoras, que tem tudo para se tornarem arcaicas num futuro próximo. Eis a "internet do espaço", que em breve, com o uso de minúsculos satélites modelo CubeSat, e interconexão através de extensas redes mesh, conseguirão expandir a conectividade de forma praticamente ilimitada no mundo todo, como jamais visto anteriormente.
É o futuro. E está aí, já na nossa cara (de óculos, literalmente). Acontecendo.
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